Com recurso próprio, empreendedora cria bar em Paraisópolis, aumenta em 210% o seu faturamento Após recusa de empréstimo bancário e sofrer preconceito, Renata buscou formação em educação empreendedora, e hoje formou seu próprio capital de giro, colocando prioridades e as finanças em ordem.
Setembro de 2023 – Há seis anos, Renata dos Santos Fagundes, 37 anos, trabalhava como auxiliar de limpeza na capital paulista. O que parecia um destino já pré-determinado e sem muitas expectativas de um futuro diferente e promissor, caiu por terra. Incentivada pelo marido, decidiu montar em 2016 seu próprio negócio, um bar no estilo mercearia dentro de uma das maiores comunidades periféricas do País, a Paraisópolis.
O começo da empreitada não foi fácil, e nem poderia. Enfrentou diversos obstáculos e dificuldades, como conseguir crédito para capital de giro, entender a lógica e a importância por detrás da precificação e até mesmo teve que superar o preconceito que bateu à porta, dentre outros.
Mãe de dois filhos, Alice Vitória com 17 e William Gabriel com 12 anos, hoje ela entende melhor o tabu que milhares de mulheres enfrentam no dia a dia, principalmente empreender em locais que normalmente são frequentados por homens. “No começo, os clientes tinham receio de entrar no bar. Eles diziam que não entravam no bar porque eu sou mulher. Contudo, hoje eles entram, sentam-se, conversam comigo. Esse foi o primeiro tabu que consegui quebrar”, revela Renata.
A jornada solitária e de incertezas da microempreendedora não difere das centenas de histórias de homens e mulheres que resolvem empreender no Brasil, seja por necessidade ou intencionalidade. Com pouco incentivo e informações de como começar um plano de negócios que de fato sustente a empresa, muitos quebram e desistem de empreender. Afinal, nem só de “boas ideias vive o homem”, mas de conhecimento para seguir adiante e conseguir a tão sonhada independência financeira.
“Eu contava os centavos. Tinha o dinheiro da compra dos produtos, mas não sobrava nada. Não tinha dinheiro para gastar. Hoje eu entrego todos os meses um balanço fechado de cada mês, pois antes, eu só estava pagando as contas, gastava R$ 1.500 no supermercado e tirava, no máximo, R$ 1.700”, contextualiza Renata.
Faltava-lhe uma direção voltada à gestão, já que resiliência, superação, foco e autoconfiança Renata tinha e tem de sobra. “No primeiro mês de mudança foi bem complicado, pois estava aprendendo a lidar com a precificação. Aleatoriamente, empregava qualquer preço nas mercadorias, o que colocava em risco e aumentava as chances de insucesso do meu negócio. O segundo mês foi mais tranquilo e, desde então, não me atrapalhou mais”, admite.
Natural de Chã de Alegria (PE), a história verdadeiramente mudou quando conheceu um projeto de educação em empreendedorismo, 100% gratuito realizado em Paraisópolis, direcionado para pessoas em risco e alta vulnerabilidade social. Em parceria com a WorkLover, edtech especializada em educação empreendedora para pequenos e micro negócios, Renata encarou o desafio e arrumou um tempo na agenda para estudar.
“Eu já estava bem desanimada, querendo desistir e pensando em voltar para minha área de auxiliar de limpeza, até que fiz o curso. A partir daí, passei por um processo mais intenso de mentoria, consegui precificar de maneira correta, tabelar as contas, gerenciando as finanças e, agora sim, gerando lucro e estabilidade para o seu negócio”, afirma radiante.
A tão desejada independência financeira.
Em um espaço de 12 metros, Renata vendia tanto que não tinha horário para fechar. Com os mesmos R$ R$ 1000,00 em compra de estoque, saltou de R$ 1,9 mil para R$ 4 mil de faturamento, um crescimento de 210%. Hoje, após superar os desafios, tem seu negócio estabilizado.
“O perfil empreendedor de Renata sempre chamou muito a minha atenção. Ela desistiu de ter o empréstimo bancário, pois a exclusão financeira é realmente real e é mais dura para quem não tem como comprovar renda. Então, com o próprio incremento de faturamento que fizemos após ela realizar o Método P, criou seu próprio capital de giro. Antes de crescer, ela precisava arrumar a casa. Não adianta ampliar um negócio ruim, o tamanho do buraco apenas aumenta. Hoje, estamos criando a emancipação dela, aumentando o faturamento dia após dia”, explica Paula Esteves, CEO e fundadora da WorkLover.
Autora do livro “O Código do Empreendedor”, é idealizadora do Método P®, que em 12 passos, ajuda o pequeno e microempreendedor a crescer e se desenvolver, a partir da geração automática de um plano de negócios, criado com Inteligência Artificial da Plataformas WorkLover, com as próprias respostas fornecidas durante o curso de cada aluno. Funciona como uma aceleradora de negócios, um programa de mentoria que acompanha a microempresa por três meses, desde a implantação do plano até a análise de evolução dos processos.
E você, quer mudar de vida como a Renata: Permita-se!